domingo, 24 de abril de 2016

          MINHA RELAÇÃO COM A MÚSICA...



Iniciamos no curso de pedagogia,PEAD/UFRGS,a interdisciplina Música na Escola,com uma aula maravilhosa,envolvente e motivadora ao que veio propor.Vivenciar a musicalidade com prazer e refletir sobre as suas possibilidades foi o ponto alto deste encontro.Acredito sim,fortemente,que a música é um poderoso instrumento de trabalho ao educador em sala de aula e rica fonte de aprendizagem,alegria e prazer aos nossos alunos.
Aproveito aqui então, para falar de minha relação pessoal com a música e o reflexo disso em meu trabalho como educadora.Algo muito presente na minha vida,é a música.
Desde muito pequena sempre fui estimulada a ouvir musiquinhas infantis,tanto em casa como na escola e sempre gostei muito.Já adolescente passei a fazer parte do coral jovem da minha igreja e pasmem,me casei com um músico.
Amo ouvir e cantar músicas gospel,apesar de não saber nada de música,nem cantar bem,ensino os corinhos infantis ás crianças na igreja.
Na escola sim,uso a música como aliada.No momento,trabalho com educação infantil e é a música que orienta nossa rotina(musica do lavar as mãos,música do lanchinho...)e mais as diversas musiquinhas que cantamos nas rodinhas de conversa.Quando trabalhava com as crianças dos anos iniciais,também sempre busquei levar músicas nos trabalhos com projetos e os pequenos sempre demonstraram muita satisfação nesta relação da musicalidade com a aprendizagem.
Estou muito grata,pela oportunidade de agora poder aprender sobre música na escola,pois apesar de estar sempre ligada a musicalização,preciso de conhecimento sobre este assunto,estando assim muito satisfeita e ansiosa pelas aprendizagens desta interdisciplina,que tenho certeza terá grande valia para minha formação e para minha vida. 



                                     

        Deixei aqui um vídeo muito legal pra quem gosta de música,trabalho em equipe e ideias criativas!!!




domingo, 17 de abril de 2016

                      Literatura:Uma fonte de emoções 


 

                           "LER É FAZER AMOR COM AS PALAVRAS"   Rubem Alves


Ler sempre foi para mim, um exercício de descobertas,aventuras, ora muito prazerosas e outras vezes,nem tanto,mas sempre,deste encantador e vasto mundo da literatura, tirei algum fruto e nunca deixei de aprender com os livros.
Nos primeiros contatos que tive com a literatura,já nasceu em mim um encantamento.Descobrir,ou desvendar a escrita,que para mim,com sete anos, era um enorme desafio,que se tornava algo cheio de magia,quando a professora lia histórias infantis cheias de cores e emoções...eu amava ouvir histórias!
Na adolescência, me redescobri como leitora e foram surgindo as necessidades escolares de produção escrita.Na memória trago,uma querida professora de português,da sexta série,que me apresentou,de maneira muito sábia,o amor pela literatura.Começou com um projeto de crônicas,passou para os artigos de jornal,poesia e literatura brasileira.Me apaixonei por Érico Veríssimo,lendo O Continente.Tivemos na escola,a visita da Martha Medeiros,do jornal Zero Hora,e eu me tornando uma apaixonada pela boa escrita,como sou até hoje.
Digo,que tive algumas experiências não tão prazerosas com a literatura,porque pelo caminho tive,na escola,aquelas leituras que são obrigatórias e que vem sem  um propósito concreto de quem as sugere,digo até,que leituras maravilhosas,mas sugeridas para faixa etária inadequada de alunos,seguidas de massantes exercícios de fixação...fui vítima destes maus caminhos que a literatura encontra...
Mas sobrevivi e ser apreciar a literatura,uma boa leitura,diferentes gêneros,sempre admirando os grandes nomes de nossa literatura,como Mario Quintana,Machado de Assis,Érico Veríssimo e os amados autores de literatura infantil,Ruth Rocha,Ana Maria Machado,Monteiro Lobato,Ziraldo...que preciosidades!
Mas querem saber minha verdadeira paixão literária?
Não falo de um livro,mas do livro. Bíblia Sagrada.
Como cristã,tenho essa preciosa literatura como fonte de alegria,motivação,orientação e fundamento de vida.E  mais do que todos os autores citados,este livro significa a mim,uma fonte de amor e vida! 


   "Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos,e não tenha amor,serei como o   metal que soa ou o símbalo que retine"          
                                         Bíblia Sagrada,I corínthios 13:1


"Lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho é a tua Palavra"
                                         Bíblia Sagrada,salmo 119:105  



                                                                           
                  
  


domingo, 10 de abril de 2016

                          PRA QUÊ BRINCAR?

"O PARAÍSO MORA DENTRO DE UMA CAIXA DE BRINQUEDOS" (RUBEM ALVES) 


                                  

Com muita satisfação,iniciamos na última a semana,a interdisciplina Ludicidade e Educação.Inicio essa postagem com o termo "satisfação",não para torná-la mais formal ao leitor,mas sim,porque acredito verdadeiramente,que o brincar é o cerne do desenvolvimento infantil,e que nós,educadores,devemos nos preparar sim,para sermos também motivadores e mediadores do brincar infantil.
A primeira questão desta interdisciplina,que chegou a mim virtualmente,foi o questionamento "PRA QUÊ BRINCAR?",para que nós alunas da pedagogia,professoras,viéssemos a refletir.Neste caso,a primeira coisa que pensei,é que na verdade,a questão não é o porquê as crianças brincam,mas o quanto as permitimos brincar.
Brincar é uma ação muito natural da criança.Ninguém precisa ensiná-la a brincar.
Quando ela brinca,está se relacionando com o mundo.Ora ela imita e representa o seu cotidiano,ora ela vivencia seus desejos e fantasias infantis.
Através das brincadeiras as interações com os objetos,ambientes e outras crianças acontecem,produzindo muita alegria e desenvolvendo a autonomia e diversas aprendizagens.
Com o considerável aumento do consumismo infantil,da tecnologia e até mesmo,das diversas atividades escolares e extraclasse as quais as crianças são submetidas nos dias atuais,a livre brincadeira vem se perdendo.Existem crianças que brincam somente se o brinquedo for muito atrativo,outras dependem da tecnologia para brincar e outras,não tem mais tempo pra isso.
Aí está o papel dos educadores.Permitir as crianças brincarem livremente,juntas,em diversos ambientes,criando e recriando.O resgate do brincar natural,aquele que produz sorrisos,aventuras,descobertas e sujeira(como já dizia certa propaganda de sabão em pó).
Brincar faz bem.Não só para as crianças,nós também devemos parar e jogar um pouco,correr,se distrair.Brincando se aprende e se é feliz.



"Ao brincar,a criança assume papéis e aceita regras próprias da brincadeira,executando,imaginariamente,tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade"
                                                                                             ( Vigotski )

domingo, 3 de abril de 2016

                   COINCIDÊNCIA AGRADÁVEL

Gosto de compartilhar aqui,os diversos fatos cotidianos que nos remetem,de forma prática, a tudo o que temos discutido teóricamente na faculdade de educação.Como este que descrevo agora...
Após buscar meu filho na escola,nos finais de tarde,costumo levá-lo a pracinha do bairro.Em uma destas tardes presenciei uma situação incrível,que me emocionou bastante.Brincando junto com meu filho,nos balanços,estava um menino de aproximadamente uns quatro anos,muito esperto e muito falante.A mãe o observava de longe,sentada em um banco da praça.Em um certo momento,o menino se aproxima da mãe e começa a fazer-lhe sinais e ela,por sua vez,também responde a ela sinalizando.Percebi então,que a mãe era muda,mas se comunicava muito bem com o filho que não era.Eu fiquei um tanto comovida com essa situação,não pela deficiência,mas pela superação dela.
Chamei esta postagem de Coincidência Agradável porque em breve inicio no PEAD/UFRGS a interdisciplina de LIBRAS,e terei muita satisfação em poder me apropriar deste mundo totalmente distinto a mim.
Onde trabalho,tenho um colega muito querido,com esta mesma característica e me comunicar com ele será para mim uma grande conquista,e isto está além de um conhecimento acadêmico,falo de conquista pessoal.
Então aguardo feliz e ansiosa pela interdisciplina que iniciará e compartilho orgulhosa aqui,que as oportunidades que o curso tem me proporcionado são a mim muito caras.
Que em breve eu possa estar ampliando minha capacidade de comunicação na escola e fora dela! 


                            ISAQUE

                "Educar exige reflexão crítica sobre a prática"
                                                                       Paulo Freire

Existem situações em nosso cotidiano, que nos colocam em uma posição de total reflexão sobre o que temos feito como educadores e que resultados temos produzido.
Esta semana voltando da escola,encontrei um antigo aluno,muito marcante na minha docência,Isaque.Adoro este nome,significa sorriso,e trás consigo a história de um importante personagem bíblico, símbolo da fé cristã e do sacrifício pelo amor a Deus.Assim não esqueci como se chamava.
Ele me abordou e me deu um forte abraço,logo vi que aquele adolescente tinha a mesma carinha de quando estava no terceiro ano da Escola Três de Outubro,onde eu lecionei por bastante tempo.Estava com outros adolescentes em uma esquina próxima a minha casa,onde geralmente garotos usam drogas.Me disse que tinha desistido de estudar e que a escola não era pra ele,me tratando por "sora".Claro que rebati dizendo que não deveria pensar assim.
Na época em que era meu aluninho,Isaque teve muitos problemas disciplinares e de aprendizagem,por isso a importância deste encontro com  ele.Foram muitos encaminhamentos,reuniões com a família,idas ao soe,retiradas da sala de aula,brigas constantes e muitas retenções.
Depois que me despedi dele,me vi mergulhada em questionamentos e até,confesso, senti um forte sentimento de culpa.O que poderia ter sido  diferente?Qual minha parcela de culpa nesta situação atual dele?Qual foi o papel da escola?Onde se acertou,errou ou evitou o inevitável?
Como educadores, participamos de palestras, formações, leituras, dinâmicas acadêmicas...mas nada nos faz refletir mais do que um fato.Não para se culpar ou desanimar,mas para repensar a prática,para buscar fazer melhor,para olhar para o futuro e se conscientizar de como travamos nossas batalhas com a esperança de vencer a guerra.
Meu profundo sentimento é que Isaque retome seus estudos e sua motivação pessoal,e que outros "Isaques" permaneçam na escola e não nas esquinas de nossos bairros...e,principalmente,que e escola faça a diferença!

          "HÁ ESCOLAS QUE SÃO GAIOLAS E HÁ ESCOLAS QUE SÃO ASAS"
                                         RUBEM ALVES