AS INFÂNCIAS E A MÍDIA INFANTIL
Pensar em infância,ou melhor,em crianças,é pensar imediatamente em brincadeiras,imaginação,fantasias e novas descobertas.
Ser criança é estar em crescimento,em construção da autonomia,dos valores e em constantes aprendizagens.
Criança é o pequeno ser humano que depende de um adulto autônomo e responsável,que lhe proporcione os cuidados necessários a sobrevivência e desenvolvimento saudável.E aí está o relevante papel dos pais,avós,cuidadores e educadores em respeitar e proteger estas crianças.
Embora o conceito de infância tem se tornado diverso devido ás bruscas mudanças da sociedade atual,e coloco isto não pensando em conceito etário,a criança de zero a doze anos,mas pensando em algo mais abrangente,como é e como pensa esta mesma criança,ainda se tem esta pequena pessoa como um ser em especial em nossa sociedade atual.
Neste semestre,fomos convidados a refletir,na interdisciplina Infâncias de 0 a 10 anos,o conceito de infância,como essa criança é vista em nossa sociedade atual,o que se pensa oferecer e ensinar a ela e em que adulto se transformará?
Vamos refletir esses tópicos através de algo muito presente e muitas vezes questionável,a mídia destinada ao público infantil,mais especificamente a televisão,veículo de soberania total em nossos dias atuais,
Vivemos em uma cultura totalmente consumista,infelizmente ter é mais importante que ser,e mais é mais importante do que melhor,onde se consome de forma absurda ou se sofre absurdamente por não poder de consumir.
Nas classes mais favorecidas,se percebe o impacto do mercado do consumo infantil: brinquedos do momento,roupas da moda,alimentos saborosos e cheios de surpresas.A sedução começa nos pais que cedem aos desejos dos filhos...Em contrapartida,nas classes menos favorecidas,existe a frustração de não ter tudo o que a tv ordena ter.
Tudo isso sem uma análise mais reflexiva das reais necessidades da criança em formação.
A poucos dias meu filho mais velho,Samuel,me questionava tristemente o porquê de eu não comprar um achocolatado que dava forças para o esporte(Nescau),após ver a mídia mostrar um menino que vira um sofá.As crianças tendem a acreditar piamente naquilo que veem.O desejo louco de adquirir a massinha colorida Amoeba,devido a sua propaganda original com uma musiquinha que pega no ouvido e de comer o incrível Danoninho,com sete vitaminas,capaz de substituir o consumo de carne.
Que tipo de criança se educa assim?Ou que criança é essa que consome tais coisas?
Cada vez mais vivemos o consumo despreocupado com a alimentação saudável,com as aprendizagens significativas,a construção de valores ou pelo menos,com as reais necessidades deste público.Sem falar na adultização desnecessária presente na mídia infantil.E as questões de gênero?Onde o rosa e o azul,o herói e a princesa, a fraldinha masculina e a feminina erguem as barreiras divisórias entre os sexos.
E pensar nos meus tempos de criança,onde os desenhos animados eram bem inocentes e todo mundo só queria mesmo era uma bicicleta...
Muito a se refletir,Como pais e educadores devemos saber conduzir a criança neste mundo comercial,estabelecendo as necessidades,elencando as prioridades,lembrando da sustentabilidade e construindo valores.
MAS NÃO DÁ PRA GENERALIZAR,GOSTEI MUITO DA PROPAGANDA DE UM PÃO QUE MOSTRA CRIANÇAS BRINCANDO,PRODUZINDO,SE DIVERTINDO E FAZENDO TRAQUINAGENS...BEM LEGAL!
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