domingo, 20 de dezembro de 2015

          WORKSHOP EIXO II: TEMPO DE REFLETIR

           "EDUCAR EXIGE REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA"
                                                                        PAULO FREIRE



           O Workshop Eixo II do curso de graduação em pedagogia PEAD/UFRGS foi marcado pela grande demanda de trabalhos,pesquisas e reflexões,mas que resultaram em aprendizagens extremamente significativas.
           O diferencial deste segundo semestre de estudos,foi sem dúvida o amadurecimento e seriedade nas aprendizagens adquiridas.Após o grande entusiasmo e alegria de ver-se cursando uma graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul,esse foi o momento de colher os primeiros frutos e buscar um novo olhar sobre os efeitos deste curso na vida profissional e pessoal.
           Termino este momento muito feliz,com a certeza das superações e aprimoramento na vida docente,assim como,novas perspectivas e análise também pessoalmente.
           Passei a perceber-me,no decorrer deste ano de estudos,como uma observadora e questionadora constante dentro da escola.
          Antes das provocações feitas pelas diversas leituras e instrumentos de estudos diversos, ofertados no decorrer do curso Pead, minha postura profissional era muito mais “automática”  e bem menos reflexiva. A cada intervenção que realizo no meu cotidiano na escola, procuro ter um olhar  atento sobre o desenvolvimento da criança em questão, assim como,busco compreender  o funcionamento da escola como instituição a partir de sua trajetória  histórica,observando os valores e demandas vivenciadas na comunidade escolar e características da sociedade atual em que estamos inseridos.
         Quando nos propomos a repensar a prática docente, além de adotarmos uma postura de humildade e busca por novos conhecimentos, passamos a observar de forma mais evidente a intencionalidade de cada ação docente, assim como questionar e refletir os diversos desdobramentos que se apresentam cotidianamente tanto dentro,como fora das instituições de ensino. E comigo tem acontecido de tal forma.
           A certeza de minha opção profissional se fortalece ao final deste eixo, pois ao conhecer e reconhecer através destes estudos a história, a relevância e os benefícios que a educação pode proporcionar ao indivíduo,quando se insere culturalmente no mundo e se vê como um transformador e construtor de sua realidade,me motiva a me aprimorar cada vez mais, buscando saberes e concepções que permitam qualificar meu trabalho como educadora.. 
          O Seminário Integrador II,que aparece como um forte elo de ligação entre as interdisciplinas,me proporcionou principalmente,uma segurança ímpar na realização das tarefas propostas e foi essencial no exercício de organização do tempo,de escrita formal das aprendizagens,nas orientações com respeito ao desenvolvimento do curso e na estimulação das relações interpessoais no ambiente acadêmico,proporcionando motivação, integração e mediação de conflitos no decorrer deste semestre de estudos.
         Tivemos neste eixo a oportunidade ímpar de conhecer e discutir sobre as infâncias, seus conceitos e suas modificações ao longo do tempo, e compreender a trajetória histórica da escola e seu avanço em busca de uma identidade e lugar reconhecido dentro da sociedade, o que é de muita relevância para o meu repensar das práticas diárias no cotidiano escolar.A ideia de uma só infância com características próprias é desmistificada pela percepção de uma infância plural, isto é, diferentes teorias sobre o conceito de criança e a formação da identidade infantil através da história,assim como o surgimento da escola como instituição de transformação social. 
         Gostaria de mencionar a satisfação que senti neste semestre, em discutir teoricamente as questões relacionadas as etapas do desenvolvimento psicosexual infantil e os conceitos de transferência e contratransfêrencia de Sigmund Freud,assim como explorar,também de forma mais embasada,uma das suas mais relevantes aprendizagens,a alfabetização,tendo como principal autora,Emília Ferreiro.
         Tenho esse primeiro ano de PEAD, como um tempo de grandes aprendizagens e mudanças.Me vejo com a grande satisfação do crescimento cultural,aprimoramento profissional e realização pessoal.


                                               Que venha o próximo semestre!!!




       

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

                  FELICIDADE NA ESCOLA?

Sempre pensei a escola como um lugar plural.E a felicidade,assim como, as aprendizagens,interações e conflitos estão presentes no seu cotidiano.
O texto lido,de Roberto Muniz Barreto de Carvalho,baseado na obra de Georges Snyders, aponta para a felicidade escolar,no sentido de formação,realização e atuação do indivíduo na sociedade,superando as contradições sociais,por meio da aquisição cultural,dentro de uma visão marxista.
A ideia do autor de felicidade na escola é ligada a questão de realização cultural.Ele se refere a felicidade que o indivíduo tem,mesmo sendo de uma classe baixa,com menos cultura,em atingir maior status social inserindo-se culturalmente na sociedade,por meio das possibilidades que a escola lhe oferece,isto claro,dentro de uma visão marxistas de divisão de classes e sociedade de produção pelo trabalho.
Dentro desta visão,felicidade escolar é superação,é ascensão cultural e automaticamente,social.
E realmente,Snyders tem razão,mas ainda acrescento a essa ideias que a escola vai além de realização e ascensão social.E a felicidade que ela pode proporcionar não é só a felicidade de estar na escola e inserir-se na cultura escolar.
A escola traz a felicidade do auto-conhecimento,da integração,do conhecimento do mundo e dos valores nela inseridos.Depois da casa,vive-se na escola,e ás vezes, a escola vem antes.
Por isso ela deve ser espaço de democracia,de respeito, de solidariedade,de valores e de acolhimento.
É na escola que se conhece o valor do trabalho em equipe,que se aprende a dividir,a esperar sua vez,a ajudar e a brincar com os outros.E quando essa escola motiva e dá asas a esses aprendizes,o respeita como indivíduo em desenvolvimento e o vê como alguém capaz,estamos vivenciando a felicidade de ser parte da escola.
Mesmo os educadores buscam nela não só trabalho,mas também felicidade.Felicidade de ensinar,de conduzir e mediar as conquistas e se alegrar com a superação de todos.Para nós educadores,mesmo com as mazelas dos baixos salários e pouco reconhecimento profissional,escola é lugar de muita realização,de troca e de superação diária...pros educadores,escola também é felicidade!   
O bom da escola é a sua identidade.A escola,que é escola mesmo tem barulho de alegria,tem espaço pra autonomia,tem muita cor e muito sorriso,tem até cheiro de vida...
Que felicidade é conviver na escola!!!!