terça-feira, 22 de março de 2016


                  RECONHECER PARA AVANÇAR

Ao revisitar minhas postagens neste portfolio,agora sob a luz das ricas orientações do Serminário Integrador III,com respeito a boa argumentação,percebo várias postagens,que deveriam ser rescritas,ou,pelo menos,estarem mais embasadas em argumentos,mais objetivas e com maior desejo de convencimento do leitor.Dentre essas,tomo por exemplo,esta postagem,feita no ano passado,2015,onde eu colocava meus conhecimentos sobre Sigmund Freud,entittulando a postagem de Freud Explica.Na releitura sinto falta de argumentação consistente,com evidências mais claras,como minhas experiências docentes com crianças em processo de desenvolvimento.por exemplo.O texto parece muito informativo e pouco reflexivo ou argumentativo,faltando uma premissa a ser defendida,desqualificando também a conclusão ou fechamento para o leitor. Assim segue a tal escrita:



Sigmund Freud (1856-1939),médico neurologista,foi o maior pesquisador do funcionamento da mente humana de todos os tempos.Considerado o pai da psicanálise,pois acreditou,quando ninguém mais imaginava,que a mente humana não era apenas fisiológica,mas estava totalmente ligada ás emoções,desejos,sentimentos e sintomas físicos.
Começou seus estudos,tentando compreender uma doença que assombrava a neurologia da época,a histeria.Suas descobertas foram tão grandiosas que interferem até hoje em toda a sociedade,principalmente na educação,onde seu trabalho surge com grande impacto no conhecimento da mente infantil e nos estudos sobre a aprendizagem.
Freud descreve de maneira fantástica o desenvolvimento infantil por meio da sexualidade.Começando pela fase oral,onde a criança tem o prazer em sugar,a amamentação e toda a fase da satisfação infantil vinculada a boca,como o morder,levar objetos a boca,como nas fazes seguintes a essa.A fase anal,fálica,a latência e a fase genital.
O Complexo de Édipo,presente em nosso cotidiano,explica a forte ligação afetiva dos filhos pelas mães e das filhas pelos seus pais.
Freud passa a descrever a mente humana de maneira clara e óbvia em suas obras,falando do inconsciente,consciente e pré-consciente,partes de nossa mente,onde os desejos e sonhos são organizados cuidadosamente,para que possamos estar saudáveis e viver de forma equilibrada.As três instâncias psíquicas,id,ego e superego,em constante equilíbrio das vontades,desejos e convenções sociais em que vivemos.
O trabalho deste grande pensador,ainda é mais evidente,quando ele nos mostra os mecanismos de defesa,que atuam em nossa mente,para dosar,refrear ou proteger-nos do sofrimento excessivo e real ao qual somos submetidos todos os dias.A mãe que ao perder o filho nega a sua partida,o fingimento daquele que odeia,mas prefere fingir amar,a raiva que temos de um ser e descontamos sobre outro,as regressões e imitações que presenciamos por aí e assim por diante...
Conhecer a mente é saber educá-la, se conhecer é se respeitar e aceitar a condição humana,com seus error e seus acertos.Enquanto educadores,temos que respeitar a cada criança,saber que é um ser em desenvolvimento,e que é um ser cheio de desejos,sonhos,emoções que não é uma página em branco,mas é como um livro cheio de histórias,trajetórias e felicidades que a fazem um ser único e especial.E todas as vezes que os conflitos surgirem,entender que nada é em vão,mas que a mente humana está presente no comportamento e se manifesta de muitas formas.

segunda-feira, 21 de março de 2016

 REVISANDO MINHA CAPACIDADE DE  ARGUMENTAÇÃO...

           A primeira proposta do Seminário Integrador do eixo III é uma releitura e assim,reavaliação das postagens deste portfólio.O que é,sem dúvida,muito enriquecedor,pois nos dá a oportunidade de repensar o que foi refletido e a forma em que expressamos esta reflexão escrita.Mas claro,refletir e expressar o pensamento graficamente,de forma a levar o leitor a compreensão do que buscamos informar,ainda é para mim um processo de aprendizagem árduo,que ainda não está concluído.  

           Esta minha postagem do dia 21 de novembro de 2015,com o título Consciência Humana,foi escrita com muita propriedade,vinculada  as experiências que vivenciei na escola e fora dela.O que facilitou as argumentações nela contida,bem como as evidências destas bases.Percebo que a utilização de um referencial teórico,ou mesmo uma citação de fonte confiável, traz as discussões  maior veracidade,qualificando  o texto  postado. Convido-os a citada leitura:   





Ontem,dia vinte de novembro,foi,de acordo com o calendário, ao Dia Nacional da Consciência Negra.Não se trata de uma data "comemorativa",pois o melhor e o mais correto é que ela não existisse.
Esta data dedicada a luta contra o preconceito e igualdade racial,ainda gera muitas polêmicas entre as pessoas e na escola não seria diferente.Percebo ao longo da minha caminhada docente diferentes ideias sobre esta data.Alguns educadores revelam que é importante trabalhar com os alunos esta data,para que valorizem a cultura negra,outros para que aceitem as diferenças,outros para que desenvolvam uma aversão ao racismo e,ainda,tem aqueles educadores que não trabalham a data da Consciência Negra por defenderem que não existe uma "consciência branca",ou seja,creem que o problema já está solucionado.
Minha opinião é que,esta data não é só isso,e sim muito mais.O problema do racismo e a valorização da figura do negro é emergente,e não se trata de não ser racista ou de achar bonito as coisas da África,trata-se de reconhecer e naturalizar a formação cultural e histórica as quais,nós brasileiros,estamos inseridos.Também creio que esta data,deveria se expandir pelo calendário, e que a cultura negra e todas as outras culturas que compõe nossa identidade cultural, estivesse presente no cotidiano escolar,nas ruas,nas conversas,nas atitudes e na mídia.
Devemos parar sim no dia vinte de novembro e falar da África e de Zumbí dos Palmares.Mas não só neste dia.A igualdade deve estar presente no cotidiano da escola.O respeito ao negro,ao índio,ao branco,ao gordo e ao diferente deve ser algo socialmente inserido.
Infelizmente,somos contra o preconceito racial,mas aceitamos com muita naturalidade,assistir as novelas que trazem ainda,os patrões brancos e os motoristas e empregadas negras.
Nós educadores temos que fazer o nosso trabalho,formar pessoas.Com opiniões verdadeiras e não politicamente formatadas.
Achar a cultura indígena linda no dia dezenove de abril,ser patriota no dia sete de setembro e valorizar a mulher no dia oito de março é muito fácil,natural e socialmente correto.Mudar concepções e quebrar paradigmas é que é o desafio dos dias atuias.
Como educadora,desejo que a educação transforme a sociedade e para isso,é preciso lutar,não com armas,mas plantando conhecimento e reflexão.
Esta manhã,lí em uma rede social a seguinte frase:"Que bom que não existisse uma Consciência Negra e sim,uma Consciência Humana."


             "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,por sua origem ou ainda por sua religião.Para odiar,as pessoas precisam aprender,e se podem aprender a odiar,elas podem ser ensinadas a amar."
                                                                   Nelson Mandela