Escola, Projeto Pedagógico e Currículo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL
FACULDADE
DE EDUCAÇÃO-PEAD
Aluna: Aline Aguiar Martins da Silva
Nascí professora. Desde a infância, o
ensinar e o aprender era pra mim algo prazeroso. Brincar de “escolinha”, está
vivo na minha lembrança,assim como meus pais e meus avós falando da importância
da Escola,antes do meu ingresso nela. Crescí com a ideia de que sem a escola
não seria “ninguém na vida”. E tive,apesar de muito travessa, uma vida escolar
de sucesso.
Ao final da antiga oitava série, auxiliava
nas turmas de séries inicias da minha escola, tamanha a falta de professores na
época. Apaixonada pelos meus professores do ensino fundamental, ingressei no
curso normal do Instituto de Educação General Flores da Cunha e no mesmo ano já
estava estagiando em Escolas de Educação Infantil como auxiliar. Me lembro que
com quatorze anos eu já tinha uma turminha de berçário e me virava como podia.
Me formei em 2004 e nunca parei de
trabalhar.Atuei em escolas privadas e
municipais, com educação infantil e anos iniciais. Ingressei no magistério
estadual em 2007,onde me realizei profissionalmente por sete anos.Neste
período, me casei e tive meus dois filhos, adiando o sonho da graduação, mas
dentro da escola, vivenciando-a intensamente. E não desvalorizo de nenhuma
forma o curso normal, que me serviu de alavanca para carreira docente, assim
como a prática escolar associada às muitas formações e jornadas pedagógicas
dentro das escolas. Mas de suma importância para a minha formação, foram e
continuam sendo os profissionais que encontrei pelo caminho, os colegas de
trabalho, que me davam exemplos lindos de docência e outros, horríveis, me
mostrando, indiretamente, como não fazer.Os alunos também me ensinam,e não os
bons,mas aqueles que não gostam da escola,que não aceitam nada e que fazem a
gente pensar “o que eu faço com este guri?”,estes fazem as coisas acontecerem.
O que me faz professora é estar na escola,
não o estar físico, mas a responsabilidade de estar, a alegria de formar
pessoas, de participar dos primeiros passos sociais de um ser humano em
formação. Nem sempre é só o professor que ensina.A interação com a escola,a
curiosidade, o vivenciar das experiências, os erros, os acertos e as
necessidades levam alguém a aprender.O professor mostra o caminho e sugere novos
passos.
Acredito que o que me faz continuar nesta
jornada é a esperança, de mudar valores, de vencer dificuldades e pra
mim,vivenciar o novo, porque na Escola as situações e os educandos nunca são os
mesmos,a cada dia uma “aventura” nova surge,e que bom que seja assim.O que me
encanta na escola,além daquele cheiro,som e sentimento característico é ver as
descobertas e saber que elas serão fundamentais para o futuro dos pequenos
aprendizes.
Um grande sonho já está sendo realizado, cursar
a graduação na UFRGS. Por acreditar na escola pública de qualidade, tenho como
meta a aprovação em um concurso para a educação pública.
Agora, desde o inicio deste ano, estou
vivenciando novas experiências, lecionando na Rede Marista de educação. Tenho
adotado uma metodologia baseada no afeto e na construção de valores religiosos
e sociais, sem deixar de motivar para a busca de conhecimento e cultura. Aproveito a grande
estrutura oferecida pela escola, a parceria com outros educadores, o diálogo
constante e a estimulação das diversas áreas do conhecimento, para aprimorar
meu trabalho, aprender e desafiar cada vez mais os alunos a aquisição dos
saberes. Confesso que alguns aspectos
deste modelo me são estranhos, principalmente,a supervalorização das “vontades”
do estudante, mas o sigo com ética e respeito.
“Opções político-pedagógico-pastoral:
“Opções político-pedagógico-pastoral:
As escolas maristas são espaçotempos previlegiados para o pleno
desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões...em relação às práticas
educativas,será preciso integrar rigor científico,excelência acadêmica,formação
cristã,cultura da solidariedade e da paz,sensibilidade estética,formação
política e ética,ação pastoral e consciência planetária,superando-se as
dicotomias e barreiras entre as múltiplas dimensões no espaçotempo escolar...”