domingo, 26 de abril de 2015




                                            Escola, Projeto Pedagógico e Currículo
                                                                

  UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO-PEAD

                                                Aluna: Aline Aguiar Martins da Silva



        MINHA MINI HISTÓRIA DOCENTE 


                     Grupo de educadoras Pacto pela Alfabetização na Idade Certa
       Nascí professora. Desde a infância, o ensinar e o aprender era pra mim algo prazeroso. Brincar de “escolinha”, está vivo na minha lembrança,assim como meus pais e meus avós falando da importância da Escola,antes do meu ingresso nela. Crescí com a ideia de que sem a escola não seria “ninguém na vida”. E tive,apesar de muito travessa, uma vida escolar de sucesso.
        Ao final da antiga oitava série, auxiliava nas turmas de séries inicias da minha escola, tamanha a falta de professores na época. Apaixonada pelos meus professores do ensino fundamental, ingressei no curso normal do Instituto de Educação General Flores da Cunha e no mesmo ano já estava estagiando em Escolas de Educação Infantil como auxiliar. Me lembro que com quatorze anos eu já tinha uma turminha de berçário e me virava como podia.
      Me formei em 2004 e nunca parei de trabalhar.Atuei em  escolas privadas e municipais, com educação infantil e anos iniciais. Ingressei no magistério estadual em 2007,onde me realizei profissionalmente por sete anos.Neste período, me casei e tive meus dois filhos, adiando o sonho da graduação, mas dentro da escola, vivenciando-a intensamente. E não desvalorizo de nenhuma forma o curso normal, que me serviu de alavanca para carreira docente, assim como a prática escolar associada às muitas formações e jornadas pedagógicas dentro das escolas. Mas de suma importância para a minha formação, foram e continuam sendo os profissionais que encontrei pelo caminho, os colegas de trabalho, que me davam exemplos lindos de docência e outros, horríveis, me mostrando, indiretamente, como não fazer.Os alunos também me ensinam,e não os bons,mas aqueles que não gostam da escola,que não aceitam nada e que fazem a gente pensar “o que eu faço com este guri?”,estes fazem as coisas acontecerem.
     O que me faz professora é estar na escola, não o estar físico, mas a responsabilidade de estar, a alegria de formar pessoas, de participar dos primeiros passos sociais de um ser humano em formação. Nem sempre é só o professor que ensina.A interação com a escola,a curiosidade, o vivenciar das experiências, os erros, os acertos e as necessidades levam alguém a aprender.O  professor mostra o caminho e sugere novos passos.
    Acredito que o que me faz continuar nesta jornada é a esperança, de mudar valores, de vencer dificuldades e pra mim,vivenciar o novo, porque na Escola as situações e os educandos nunca são os mesmos,a cada dia uma “aventura” nova surge,e que bom que seja assim.O que me encanta na escola,além daquele cheiro,som e sentimento característico é ver as descobertas e saber que elas serão fundamentais para o futuro dos pequenos aprendizes.
     Um grande sonho já está sendo realizado, cursar a graduação na UFRGS. Por acreditar na escola pública de qualidade, tenho como meta a aprovação em um concurso para a educação pública.
 Agora, desde o inicio deste ano, estou vivenciando novas experiências, lecionando na Rede Marista de educação. Tenho adotado uma metodologia baseada no afeto e na construção de valores religiosos e sociais, sem deixar de motivar para a busca de conhecimento e cultura. Aproveito a grande estrutura oferecida pela escola, a parceria com outros educadores, o diálogo constante e a estimulação das diversas áreas do conhecimento, para aprimorar meu trabalho, aprender e desafiar cada vez mais os alunos a aquisição dos saberes.  Confesso que alguns aspectos deste modelo me são estranhos, principalmente,a supervalorização das “vontades” do estudante, mas o sigo com ética e respeito.

      “Opções político-pedagógico-pastoral:
      As escolas maristas são espaçotempos previlegiados para o pleno desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões...em relação às práticas educativas,será preciso integrar rigor científico,excelência acadêmica,formação cristã,cultura da solidariedade e da paz,sensibilidade estética,formação política e ética,ação pastoral e consciência planetária,superando-se as dicotomias e barreiras entre as múltiplas dimensões no espaçotempo escolar...”
          Projeto Educativo Brasil Marista-cap.4-pág.66  


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