domingo, 20 de setembro de 2015

               E POR FALAR EM ALFABETIZAÇÃO...   

Iniciamos o segundo semestre do PEAD/UFRGS,com um assunto que inquieta educadores,pais e os estudantes que buscam desvendar e se apropriar da linguagem escrita.Alfabetização é o tema da vez...Mas temos o privilégio de tratar deste assunto com a maravilhosa professora Annamaria Rangel,que já no primeiro encontro,trouxe um encantamento especial pelo tema abordado. Ao relembrar a minha alfabetização,em uma escola estadual de Porto Alegre,em 1990,a sensação é de alegria.Tive um processo de alfabetização bem tradicional,baseado no método fonético,com a boa e velha cartilha,cuja as páginas vinham com muitas ilustrações e pequenos textos onde todas as palavras iniciavam com a mesma letra.Adorava encher linhas e pintar as páginas com desenhos vazados.A a letra A,primeira letra do meu nome,enfeitada com todos os materiais possíveis.Musiquinhas e histórias de todos os tipos.A professora Arlete,muito carinhosa e perfumada...boas lembranças!!Em outubro de 1990 eu estava,segundo ela,alfabética e ...de férias!!(terminei a cartilha em casa,curiosa pra saber o significado de algumas palavras,como xilofone,zabumba...)
Como alfabetizadora,apesar das orientações do curso normal,milhares de formações continuadas,Pacto pela Alfabetização na Idade Certa,muitas conversas e reflexões,ainda me sinto um pouco insegura,e não tenho vergonha de relatar.Alfabetizar,ou melhor,conduzir um processo de alfabetização e letramento,é algo muito sério,de tamanha responsabilidade.
Minhas experiências como tal,foram árduas,com sucesso,mas trabalhosas,lentas,com muito investimento e com resultados que poderiam ter sido melhores.Digo isto,porque fui muito feliz ao ver as crianças compreenderem o processo da alfabetização,mas muito infeliz,ao ver alunos que não chegaram lá...apesar de tudo que procurei mostrar...
Percebo,que para alguns alunos,principalmente aqueles,que desde muito cedo,já tem contato com o mundo escrito,ler e escrever é uma aquisição muito simples,enquanto para outros,é mais difícil,sendo o professor é o cerne do processo.
Assim foi,quando assumí uma turma de segundo ano,oriunda do Projeto de Alfabetização Alfa e Beto.Alunos com extremas defasagens,até mesmo na linguagem oral.A psicogênese de Emília Ferreiro Ana Teberoski estava em alta,e eu,um tanto ansiosa,praticava uma mistura de modelos de alfabetização,tentando atingir aquele grupo de todas as formas, e com muito esforço,obtive bons resultados.
Hoje tenho uma turma de educação infantil na rede privada.Busco proporcionar um ambiente letrado,a sala de aula com muitos recursos escritos,histórias e músicas diversas,motivo a linguagem adequada a faixa etária e espero que eu esteja fazendo a coisa certa...
Em relação a alfabetizar quero aprender,ensinar e aprender cada vez mais,e não esquecer,em nenhum momento que todas as crianças são capazes de aprender!!


"...A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual,por trás da mão que pega o lápis,dos olhos que olham,dos ouvidos que escutam,há uma criança que pensa"
                                                        Emília Ferreiro 

     
  




Um comentário:

  1. Oi Aline,
    Fico feliz em saber que gostou da aula da professora Anna e dos assuntos abordados por ela.
    Att
    Rocheli

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