COMÊNIO: O PAI DA DIDÁTICA
"A proa e a popa de nossa didática será investigar e descobrir o método seguro o qual os professores ensinam menos e os estudantes aprendem mais,nas escolas,haja menos barulho,menos enfado,menos trabalho inútil,e,ao contrário,haja mais recolhimento,mais atrativo e mais sólido progresso;Na cristandade,haja menos trevas,menos confusão,menos dissídios,e mais luz,mais ordem,mais paz e mais tranquilidade"
Didática Magna de Comênio,1657
Comênio foi considerado o pai da didática por pensar a educação de uma forma ampla e voltada a aprendizagem real,muito a frente dos educadores de seu tempo.A Didática Magna era um conjunto de reflexões e sugestões desde os objetivos gerais da educação(preparar para a vida eterna)até aspectos concretos do cotidiano escolar como comportamento do professor em relação aos seus alunos.A pedagogia comeniana tinha quatro fortes pilares:
-A consideração ao aluno:Respeitar a capacidade de compreensão do aluno,não sobrecarregar,progredir do fácil para o difícil,cuidar da motivação,preocupando-se com a integração e ludicidade.
-Ensino igual para todos.
-Realismo no ensino:experimentação e observação.
-Relação professor x aluno:a importância da afetividade.
A Didática comeniana foi uma expressão pedagógica de transição da Idade Média para a Idade Moderna,na essência constitutiva de sua arte de ensinar tem príncipios de um periodo e de outro.
A concepção do homem para Comênio baseava-se na ideia de um ser criado a imagem e semelhança de Deus e dependente dele,mas igualmente como ser que busca construir a sí mesmo,pelo seu trabalho,sem dependência direta de Deus.
Princípios didáticos:Conservador e Renovador.Por um lado,exposição docente do conteúdo,passividade dos alunos e por outro lado,como nova forma de ensino,traz a imitação da natureza,observação,experimentação,processos de artes mecânicas,métodos da nova forma de trabalho e das ciências,pensamento pedagógico progressivo.
COMÉNIO,
João Amós. Didácta Magna: tratado da
arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
1996. 525 p.
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