quinta-feira, 31 de maio de 2018

 


Para Vygotsky(1896-1934),o desenvolvimento do indivíduo se dá pelo seu processo sócio-histórico.Seus estudos dão grande enfase a linguagem na construção da inteligencia humano,que acontece,segundo ele,pela interação do sujeito com o meio em que está inserido.
O caráter histórico social dos processos psicológicos superiores é fundamento necessário e específico aos seres humanos.
O desenvolvimento cognitivo se dá pelo processo  de internalização da interação social com materiais fornecidos pela cultura.Por meio da interação social,o sujeito entrará em contato com elementos mediadores e também fará uso deles,surgindo assim os processos mentais.,ou funções psicológicas superiores(percepção,memória,pensamento,atenção,desenvolvimento na relação com o meio sociocultural,sendo esta relação mediada por signos).
O signos são os objetos de aprendizagem,ou seja,significante mais o seu significado,sendo um conjunto de signos,um sistema de aprendizagem,de origem social,compartilhados pela sociedade.

INTERNALIZAÇÃO:
Mecanismo que intervém no desenvolvimento das funções psicológicas complexas.É a reconstrução interna de uma operação externa e tem como base a linguagem.O plano interno,para Vygotsky,não preexiste,mas é constituído pelo processo de internalização,fundado nas ações,nas interações sociais e na linguagem.

MEDIAÇÃO:
É o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação:a relação deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento.

LINGUAGEM:
No processo de aquisição cultural,o papel mediador da linguagem é fundamental.A linguagem tem papel importante na formação do pensamento,compreendida na relação de síntese entre organismo e ambiente.A formação do pensamento e o desenvolvimento intelectual se dão de fora para dentro,num processo de internalização,não ocorrendo de forma passiva a recepção do conhecimento pelo sujeito.

APRENDIZAGEM:
A mediação dos signos e dos instrumentos é o que na teoria de Vygotsky propiciará a aprendizagem.A aprendizagem é produto da ação dos adultos que fazem a mediação no processo de aprendizagem das crianças.

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL(ZDP):
"...A distância entre o nível de desenvolvimento real que se costuma determinar através da solução independente de problemas,e o nível de desenvolvimento potencial,determinado através da solução de problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros capazes"
                                                                                                         (Vygotsky,1984,p.97)







            PIAGET E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM



Sobre as origens da linguagem e do pensamento não é falsa a alternativa do determinismo social ou do determinismo biológico. Para Piaget, em suas pesquisas de 1920, as conquistas conceituais realizadas pela criança são explicadas por ele em função da socialização linguística e de interações sociais. Já em 1930,em razão da descoberta das estruturas de conhecimento pré-verbais, assim como de novos mecanismos internos de formação(assimilação, coordenação de esquemas e etc), a explicação das origens da linguagem e do pensamento é buscada na interiorização do esquematismo sensório-motor, portanto, na atividade construtiva do sujeito.
O egocentrismo infantil, a objetividade e a construção de seu pensamento lógico estão estreitamente ligadas a linguagem socializada. A linguagem socializada é a linguagem cujos termos e conceitos são compartilhados por todos os membros de um grupo, o qual possui uma estrutura lógica. Segundo Piaget, a criança passa por um processo de características do seu pensamento egocêntrico, passando do pensamento egocêntrico ao pensamento lógico e da linguagem egocêntrica a linguagem lógica ou socializada.
Os fatores sociais e culturais são aqueles que promovem o desenvolvimento do pensamento.
A sucessão evolutiva do pensamento autístico individual, incomunicável) para o pensamento dirigido (socializado, orientado pela adaptação progressiva dos indivíduos uns com os outros).
O progresso é atribuído a ação do meio social e da linguagem.

“Basicamente, o desenvolvimento da fala interior depende de fatores externos, o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget demonstram, é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem” (Vygotsky,1991,p.44)

Em toda a adaptação causal há um esforço de adaptação ao mundo exterior, um esforço de objetivação e de despersonalização do pensamento. A aquisição da linguagem e a interação social estariam explicando a evolução do pensamento e da linguagem.
A linguagem enquanto sistema de signos, implica significantes (gestos ou palavras articuladas) que se reportam a objetos mediados por conceitos ou pré-conceitos, os quais se apoiam, sobretudo, as fases iniciais, nas imagens mentais. A linguagem está ligada a constituição da capacidade humana de representar, isto é, de diferenciar significantes e significados, e por isso ao exercício da função simbólica. Piaget (1945),mostra que os primeiros esquemas verbais da criança refletem o uso da linguagem,  a qual se reporta a objetos anteriores assimilados em função dos esquemas sensórios-motores em via de interiorização ou de conceitualização.
A evolução da ação do indivíduo depende da evolução das relações  nas quais este se encontra inserido. Socializar significa compartilhar noções e signos com uma comunidade de falantes e ao mesmo tempo distingui-los das próprias idiossincrasias e dos pontos de vista particulares. Para Piaget, a tese maior para explicar a evolução do comportamento humano, incluídas a inteligência e a linguagem, é da continuidade com reconstrução das estruturas anteriormente adquiridas, isso não significa o abandono da necessária ação das relações sociais na formação do pensamento conceitual, permanece a explicação do pensamento em função das interações sociais.



PIAGET, J.A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro:Guanabara,Koogan.1978
PIAGET, J. O Pensamento e a Linguagem na Criança. São Paulo: Martins Fontes.1999
VYGOTSKY. L. S . Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.1991         



terça-feira, 22 de maio de 2018

              COMÊNIO: O PAI DA DIDÁTICA


 

"A proa e a popa de nossa didática será investigar e  descobrir o método seguro o qual os professores ensinam menos e os estudantes aprendem mais,nas escolas,haja menos barulho,menos enfado,menos trabalho inútil,e,ao contrário,haja mais recolhimento,mais atrativo e mais sólido progresso;Na cristandade,haja menos trevas,menos confusão,menos dissídios,e mais luz,mais ordem,mais paz e mais tranquilidade"
Didática Magna de Comênio,1657



Comênio foi considerado o pai da didática por pensar a educação de uma forma ampla e voltada a aprendizagem real,muito a frente dos educadores de seu tempo.A Didática Magna era um conjunto de reflexões e sugestões desde os objetivos gerais da educação(preparar para a vida eterna)até aspectos concretos do cotidiano escolar como comportamento do professor em relação aos seus alunos.A pedagogia comeniana tinha quatro fortes pilares:
-A consideração ao aluno:Respeitar a capacidade de compreensão do aluno,não sobrecarregar,progredir do fácil para o difícil,cuidar da motivação,preocupando-se com a integração e ludicidade.
-Ensino igual para todos.
-Realismo no ensino:experimentação e observação.
-Relação professor x aluno:a importância da afetividade.
A Didática comeniana foi uma expressão pedagógica de transição da Idade Média para a Idade Moderna,na essência constitutiva de sua arte de ensinar tem príncipios de um periodo e de outro.
A concepção do homem para Comênio baseava-se na ideia de um ser criado a imagem e semelhança de Deus e dependente dele,mas igualmente como ser que busca construir a sí mesmo,pelo seu trabalho,sem dependência direta de Deus.
Princípios didáticos:Conservador e Renovador.Por um lado,exposição docente do conteúdo,passividade dos alunos e por outro lado,como nova forma de ensino,traz a imitação da natureza,observação,experimentação,processos de artes mecânicas,métodos da nova forma de trabalho e das ciências,pensamento pedagógico progressivo.




COMÉNIO, João Amós. Didácta Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 525 p.

 SEMINÁRIO INTEGRADOR VII:

                                  QUE ESCOLA É ESSA??

Em uma reunião de professores juntamente com a equipe diretiva para discutir as dificuldades dos alunos que se manifesta nos índices oficiais de avaliação. No decorrer da reunião os professores se manifestam.

Professora Orquídea: “Estou frustrada, tenho perdido meus finais de semana preparando excelentes aulas. Na sala de aula faço boas exposições dos conteúdos e quando passo os exercícios os alunos não conseguem acertar nada, mesmo depois de ter repetido várias vezes a explicação.Acho que estes alunos de hoje não querem estudar,não dão a menor atenção para o que eu falo e só conversam.”
A fala desta educadora,comprometida com a educação de seus alunos,mas frustrada pelo não sucesso de seus processos de aprendizagem,nos remete a uma concepção empirista da educação.O professor tradicional acredita que ele,e somente ele, podem transmitir o conhecimento.Utiliza aulas expositivas,com o uso da linguagem diretiva como instrumento de aprendizagem,exercícios de repetição e compreende que o erro do aluno significa a sua não aprendizagem.A visão não construtivista do conhecimento valorizam a transmissão,sendo,por isso mesmo,a linguagem seu instrumento mais aprimoroso.Além de ser formalizada,isto é,o aluno deve responder exatamente aquilo que o professor quer ouvir,trabalha por paradigmas,numa visão ontológica das aprendizagens.”Em uma visão não construtivista a resposta e a mensagem do professor é o que interessa.Em uma visão construtivista é a pergunta ou situação problema que desencadeia as crianças”(MACEDO,1992).Antes, a criança era vista como um adulto em miniatura e a educação era transmitida dos mais velhos para os mais novos, por isso a ênfase na transmissão, na cópia e na linguagem.As repreensões de silêncio e o autoritarismo são a essência de uma sala de aula tradicional.Neste modelo,o professor é o centro de todo o processo pedagógico e o aluno,tabula rasa,incapaz de aprender por si só,é o depósito de seus conteúdos.

Professora Margarida: ”Eu também trabalhava assim, mas agora tenho trabalhado com desafios. Acho que os alunos aprendem mais. Eles resolvem individualmente e depois discutem com os colegas de grupo. Enquanto eles trabalham eu converso com eles, esclareço dúvidas e coloco os questionamentos. Como fechamento, discutimos as soluções que os grupos deram para os desafios”
A postura da professora Margarida,ao contrário da professora orquídea,nos revala uma concepção construtivista de educação, primeiro porque busca refletir sua prática docente e mudar buscando estratégias para melhoria de sua prática docente.”Educar exige reflexão crítica sobre a prática”(FREIRE,1996).
Ela sabe que a presença do professor como mediador, provocador e motivador dos processos de aprendizagem tem enorme importância,mas não esgota-se nele mesmo,prolonga-se no aluno.O aluno só construirá um conhecimento novo se ele agir e problematizar a própria ação e de seus mecanismos.O professor construtivista crê na aprendizagem através da interação com os outros e com o meio.Ele deve dominar muito bem os conhecimentos para discutir,gerar hipóteses e indagações,sistematizando todo o processo.

Professora Rosa: ”Eu também acho que o professor precisa escutar os seus alunos, saber quais são as dificuldades, quais são os interesses.Eles definem o que vai ser trabalhado em aula,eu nem me meto.Pode parecer bagunça,mas as crianças precisam de um ambiente que permita a expressão de sua criatividade”
A fala da professora Rosa nos leva a refletir sobre as concepções da escola democrática e seus desdobramentos. O professor está presente, porém responde dúvidas ou faz questionamentos quando consultado. Ele age como um mediador dos processos de aprendizagem de seus alunos,que são totalmente participativos na elaboração dos planos de aula e no desenvolvimento de seus processos de conhecimento.A escola democrática tem os alunos como atores centrais do sistema educacional,dessa forma,aprendem a ter iniciativa e em grupos de trabalho,exercitam a formação da cidadania.”A partir do diálogo enfatiza-se a reflexão,a investigação,a crítica,a análise,a interpretação e a reorganização do conhecimento”(FREIRE,1991).

Professor Cravo: ”Tem uma grande diferença do planejamento que utilizo na escola particular que eu trabalho. Os alunos daqui não tem condições de acompanhar! Se eu der tudo isso que trabalho lá,acabo reprovando a maioria.Daí tu já viu NE. Incomodação na certa!
Este professor não se vê como o modificador do ambiente de aprendizagem, nem como o transmissor de seu conhecimento. Baseia o seu trabalho na capacidade de seus alunos, centrando neles o processo educativo.Esta concepção denominada de apriorismo acredita que o aluno sabe ou não sabe e isso depende muitas vezes do meio social em que está inserido ou de sua condição biológica.”A maturação biológica é condição necessária ao desenvolvimento ,mas de modo algum suficiente”(PIAGET,1959,P.55).O aluno pelas suas ações prévias,determinam a ação- ou omissão- do professor.

Diretor Antúrio: Mas eu estou preocupado com o aumento da indisciplina na nossa escola. Na semana passada fui nas aulas de alguns professores-não vou citar nomes-e encontrei a maior bagunça.O professor precisa ter o controle da turma,ele fala e os alunos atendem.A escola sempre existiu para mostrar para as novas gerações o que se espera dela:dominar os conteúdos e ser disciplinado.Quem não concorda com isso deve procurar outra escola.
Infelizmente a gestão desta escola está longe de uma gestão democrática e participativa. O diretor demonstra em sua fala uma gestão ditadora e repressiva,bem diferente da organização de uma escola democrática que delibera em parceria com os seguimentos escolares e com colegiados.Essa fala nos remete ao passado trazido pelo texto Maquinaria Escolar,onde a educação acontece pela dominação repressiva das classes,onde a escola prepara não para o conhecimento,mas para a regulamentação e organização social,enclausurando e não permitindo o avanço cognitivo,pelo contrário,promovendo a dominação das classes.





BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.89-96, 01 jun. 1994. Semestral. 19(1). Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2018.
TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2018.
 MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2018.
VARELA, Julia et al. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2018.

              ESCOLAS MAIS QUE DEMOCRÁTICAS...


     "A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos,num sentido libertário e autogestionário" (LUCKESI,1994)

 


A pedagogia libertária caracteriza-se por abandonar a questão pedagógica diante de uma perspectiva baseada na liberdade e igualdade,eliminando as relações autoritárias presentes no modelo educacional atual.A ideia básica é introduzir modificações institucionais,a partir dos níveis subalternos que,em seguida vão "contaminando" todo o sistema.
A primeira experiência de Escola Democrática dentro deste conceito libertário,foi a Escola Sumerhill,fundada em 1921 pelo escocês Alexander Sutherland Neil na Inglaterra.No Brasil temos a Escola Amorim Lima e a Escola Presidente Campos Sales,ambas em São Paulo.
Mas a maior referência mundial é a Escola da Ponte,situada em Portugal,pelo educador José Pacheco.A Escola da Ponte defende que é indispensável alterar as práticas educacionais das escolas de maneira de maneira que haja muito mais contato humano fraternal,trabalhando sempre a autonomia de alunos e professores,estimulando o desenvolvimento da cidadania,da liberdade responsável e a solidariedade.Seu idealizador,o professor José Pacheco relata que é um equívoco a ideia de que se poderá construir uma sociedade de indivíduos personalizados,participantes e democráticos,enquanto a escolaridade for concebida como um mero adestramento cognitivo.

CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DESENVOLVIDO NESTAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO:
-Democracia participativa:direitos de participação iguais para estudantes,professores e funcionários.Dewey defendia a democracia não só no campo institucional,mas também no interior das escolas.
-Alunos escolhem o que querem fazer com seu tempo.Não existe uma obrigatoriedade de frequentar as aulas,os alunos são livres para escolher as atividades que desejam realizar,aprendendo desta forma a ter iniciativa.São responsáveis pela formação e cumprimento das regras a serem seguidas para o bom funcionamento da Escola,são incentivados a buscar o conhecimento a partir de seu interesse,iniciativa e ritmo.
-Não existem cobranças ou atitudes autoritárias.
-Conteúdos próximos ao nivel cognitivo dos estudantes.
-Grupos não determinados pela faixa etária.
-O professor está presente para esclarecimento de dúvidas e orientações,sempre que for consultado.
-Regime livre-educação:Adquire a responsabilidade de seguir o cronograma que ele mesmo se impôs a fazer,desenvolvendo a autonomia e controle pessoal,concientizando-se dos direitos e deveres(cidadania).
-Avaliação de forma continuada e auto-avaliação.
"A avaliação é inclusiva porque o estudante vai ser ajudado a dar um passo a frente.Essa concepção político-pedagógico é para todos os alunos e por outro lado é um ato dialógico,que implica necessariamente uma negociação entre o professor e o estudante"(LUCKESI,2006).
-Planos de aula(oque pretendem saber e como proceder)
-Relatório de descobertas
-Assembleias de alunos,educadores e comunidade escolar em geral para discussão e resolução de problemas.
"A partir do diálogo enfatiza-se a reflexão,a investigação crítica,a análise,a interpretação e a reorganização do conhecimento"(FREIRE,1991).

Na Escola democrática o professor deixa de ser o transmissor ou autoridade para tornar-se o mediador e o facilitador do descobrimento.Atuam como orientadores e esclarecedores de dúvidas.Existe parceria entre professor e aluno.Alunos devem entender o porquê e para quê estudar.

                                    
REPORTAGEM SOBRE A ESCOLA DA PONTE(Programa Fantástico-Rede Globo)




 TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora BrasilISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.