segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

   APRENDIZAGEM PASSA PELO CORPO: CORPOREIDADE




Toda ação, isto é, todo movimento, pensamento ou sentimento, corresponde a uma necessidade. Toda criança ou adulto só executa alguma ação exterior ou mesmo inteiramente interior quando impulsionada por um motivo e este se traduz sempre sob a forma de uma necessidade (uma necessidade elementar ou um interesse, uma pergunta, etc...)” (PIAGET, 1999, p. 16).






No terceiro eixo do Curso de Graduação,cursando a interdisciplina Corporeidade e Educação,pude repensar o quanto a atividade física,o desenvolvimento motor e a atuação do corpo nas construções das aprendizagens que denominamos como cognitivas,ou sejam,aprendizagens que são mentais,mas sabemos que se manifestam no corpo.As emoções,as birras,as representações simbólicas e o desenvolvimento infantil,acontecem em conjunto do corpo com os processos cognitivos,ou sejam psicológicos.A criança em desenvolvimento aprende a caminhar,equilibrar-se,correr e brincar utilizando seu corpo como instrumento de experimentação e vivências.Sendo assim,ao se pensar nas aprendizagens infantis,em sua ludicidade ou mesmo na construção e amadurecimento da linguagem,é necessário levar em conta as ações corpóreas,a expressão corporal e os movimentos.


Para Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor é um processo contínuo, que tem início logo após o nascimento e continua até o final da vida, onde este desenvolvimento pode ser definido como alterações nos níveis funcionais dos indivíduos, ou seja, tem relação com as exigências das tarefas e capacidades dos indivíduos.

Tanto nas turmas de Educação Infantil,como as turmas dos anos iniciais do ensino fundamental que atuei e leciono atualmente,é muito evidente a necessidade que as crianças manifestam em brincar no pátio,nas pracinhas ou participarem das aulas de educação física.Os recreios são os momentos de movimento corporal intenso,muito comumente reprimido pelos educadores e cuidadores que receiam acidentes e quedas ou ainda não pararam a refletir esta necessidade infantil.
Os jogos recreativos,o brincar livre e,principalmente as práticas pedagógicas que possibilitem maior manifestação corporal das crianças são importantes para o seu desenvolvimento e sua socialização com outras crianças.

Barros (2009, p. 108) falando sobre a escola nos diz que a mesma “é um dos espaços onde as relações das crianças se intensificam, o que a legitima como desencadeadora de novas experiências, sentimentos e conflitos”. Já a respeito do brincar, a mesma autora nos diz que “é uma das atividades potencializadoras do desenvolvimento infantil”.


Durante meu período de Estágio Curricular Obrigatório,onde baseei meu planejamento e minhas ações voltadas a ludicidade e cultura,pude planejar atividades que provocassem as mais ricas situações de aprendizagem,muitas delas,onde o corpo não era só estimulado na hora do pátio,mas também nas produções,em atividades de sala de aula.

Ovídeo acima retrata uma atividade de construção de painel coletivo,pintado com os pezinhos dos alunos do Maternal II.A atividade surgiu por estarmos trabalhando com versos e cantigas que falavam de sapinhos.Ao cantar com o grupo a cantiga O Sapo não Lava o Pé,além de imitarmos os movimentos e sons dos sapinhos nas lagoas,também utilizamos os pezinhos,que ao contrário dos pés do sapo,foram lavados depois da atividade.



Significado de Corporeidade

substantivo femininoCaracterística, particularidade ou propriedade do que é corpóreo (material); corporalidade.Etimologia (origem da palavra corporeidade). Corpóreo + idade.
                                                       Fonte: Dicionário On line



BARROS, Flávia Cristina Oliveira Murbach. Cadê o brincar? Da educação infantil para o ensino fundamental. 2009. 215 f. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2005.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. 

                            VAMOS BRINCAR DE QUÊ?




                   "O PARAÍSO MORA DENTRO DE UMA CAIXA DE BRINQUEDOS" (RUBEM ALVES) 



Durante minha caminhada docente,nas turmas de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental sempre observei e me interessei pelas brincadeiras.Durante o Curso Normal,o magistério,e agora na Graduação em Pedagogia na UFRGS,o interesse pelas brincadeiras infantis se manteve,inclusive,neste último momento confrontando minha prática docente com os conhecimentos teóricos e o importante referencial que fazem da ludicidade uma ferramenta essencial para as aprendizagens,a socialização e o desenvolvimento infantil,de forma geral.

Muitos foram os momentos em que pude refletir as questões pertinentes a ludicidade,registrando neste portfólio e em outros ambientes virtuais do PEAD,diversas reflexões e as reconstruções docentes que vivenciei,com o intuíto de observar as brincadeiras e propor atividades que viessem ao encontro do citado tema,reconhecendo sua importância para os processos de aprendizagem.

O RCNEI (1998) defende o brincar como uma atividade necessária na vida escolar, por possibilitar às crianças momentos de experiências e novas descobertas. Brincar é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento da identidade e autonomia. “O fato de a criança, desde muito cedo, se comunicar por meio de gestos, sons e, mais tarde, representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação”. (RCNEI, 1998, p.22). A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade, e é uma imitação transformada no plano das ideias e de uma realidade anteriormente vivenciada. 

No ano de 2016,a interdisciplina Ludicidade e Educação resgatou as vivências e as experiências do brincar,nos oferecendo referenciais sólidos de reflexão e provocando em nós  um refazer docente por uma pedagogia da ludicidade,tendo em vista sua valia na Educação.Tivemos como primeira tarefa,pensar o porquê do brincar,livre de pesquisas ou teorias,trazer a concepção sobre os jogos e brincadeiras na Escola.Revisitei minha resposta do dia vinte e quatro de abril de 2016:

"Das teorias que temos visto nesta interdisciplina sobre a importância do brincar,acredito que Jean Piaget traz o jogo simbólico como o modo mais próximo de uma definição do brincar.Brincar para aprender,conhecer o meio em que vive pela manipulação de objetos(brinquedos)se relacionando com o mundo.A criança que imita o adulto e as situações do cotidiano está representando o que vive,dramatizando seus desejos ou até dominando situações que para ela são dolorosas.Brincar para se expressar!"

 

Com certeza,as reflexões trazidas por tais reflexões tiveram um impacto significativo sobre o meu fazer docente,pois desde então,passei a olhar a brincadeira das crianças e as propostas educativas lúdicas como essenciais para as construções das aprendizagens das crianças.

Para Piaget (2011), pode-se dizer que a origem do pensamento deve ser procurada por meio da função simbólica, mas ressalta que a função simbólica pode ser explicada pela formação de representações. Deste modo, “a formação da função simbólica,ao contrário, consiste em diferenciar os significantes dos significados, de modo que os primeiros permitam a evocação da representação dos segundos” (PIAGET, 2011, p.79).
                                                                           

No período de Estagio Curricular Obrigatório,ao pensar o planejamento,em uma turema de Maternal II Educação Infantil,eu já sabia que a ludicidade seria um instrumento valioso para este momento de atuação docente.
As aprendizagens da criança na educação infantil e todo o seu desenvolvimento está relacionado ao ato da brincadeira, do simbolismo e das relações que ela estabelece com o meio em que está inserido e com os outros.Assim sendo, meu trabalho durante o período de estágio na educação infantil foi voltado para a ludicidade, construção dos conhecimentos através das brincadeiras e experiências de aprendizagem, estimulação da oralidade, movimento e convivência com seus pares por meio das brincadeiras, musicalização, histórias, fábulas e expressões diversas das aprendizagens. 


"O aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas"(Vygotsky,2008,p.103). De acordo com Piaget (2003) o caráter educativo do brincar é visto como uma atividade formativa, que pressupõe o desenvolvimento integral do sujeito, quer seja na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da individualidade, a formação do caráter e da personalidade de cada um."

Sendo assim, os princípios que nortearam o meu estágio, se vincularam a reconhecer a criança como um sujeito capaz de construir suas aprendizagens e desenvolver-se por meio da interação e das relações inter-pessoais, através da ludicidade, construção da identidade e formação cultural, priorizando o desenvolvimento e a autonomia.

Percebo que a ludicidade, manifesta não só nos jogos e brincadeiras, como também, na contação de histórias, fábulas, versos e cantigas de roda ,influenciaram de forma muito intensa as construções cognitivas das crianças e também possibilitam que estas convivam mais entre si, estreitando vínculos sociais e fazendo trocas de informações e saberes que contribuem para as construções cognitivas.




BRASIL. Referenciais curriculares para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF,1998.
PIAGET,Jean.Seis estudos de Piaget. Tradução: Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 25ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011. 
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Tradução Maria Alice Magalhães D´ Amorim e Paulo Sergio Lima Silva. 24 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
 VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed., São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1998.

           A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DOCENTE

                        Mais uma vez é o momento da escrita autônoma



"O diário torna-se importante instrumento de reflexão constante da prática do professor. Através da elaboração diária ele avalia e planeja sua prática. É também importante documento, onde o vivido é registrado. Neste sentido, educador e educando, juntos, repensam sua prática."(Madalena Freire,1983,p.77) 

Desde o início da Graduação em Pedagogia,fui desafiada a desenvolver de diferentes formas a minha escrita,os registros das aprendizagens e das vivências docentes significativas, agora eram transformadas em registros,postados em diferentes  ambientes tecnológicos e compartilhados,o que evidencia uma responsabilidade em escrever.Isso acontecia durante minha vida escolar e no meu período de Curso Normal,mas agora,a escrita ganhava uma intencionalidade mais significativa,pois recebia a missão agora,não só de informar,mas de provocar registros que possibilitem a reflexão do leitor.

O portfólio de Aprendizagens,este blog ao qual escrevo neste momento exato,foi um dos desafios trazidos pela graduação,e que,gradativamente,passa a registrar não só reflexões,conhecimentos adquiridos e registro das práticas pedagógicas da Universidade e da minha caminhada docente,como ´principalmente,o crescente domínio e maior qualidade nas argumentações de minha escrita autônoma. A princípio,escrever neste blog,postar reflexões nos ambientes de aprendizagem (Pbworks/ Modlle) ou fazer a escrita de trabalhos acadêmicos e sínteses reflexivas eram de poucas palavras, com difícil fluência e vazia de estruturas acadêmicas,tanto em linguagem pouco rica,como em anexos,citações ou as tão temidas regras da abnt.

Um exercício interessante para mim durante estes anos de Graduação e de muitas escritas,foi ler a mim mesmo,refletindo minha escrita e reconstruindo as formas de me expressar graficamente.

A Interdisciplina do Seminário Integrador,trouxe relevantes embasamentos e conceitos que provocaram a qualificação das escritas autônomas,que antes escritas simples,passam a escritas acadêmicas.Sem dúvida,escrever nos faz desenvolver desejo de escrever mais,e quanto mais escrevemos e refletimos a escrita,temos a oportunidade de ressignificá-las e qualificá-las por meio de embasamentos argumentativos,trazendo evidências que enriquecem a escrita e produzindo uma escrita que produza algo,algum sentimento a quem lê.

Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intensões didático – pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.
Rubem Alves 

O período de Estágio Curricular Obrigatório,dentre outras ricas e pertinentes aprendizagens e experiências docentes significativas trouxe a intensificação do exercício da escrita,além de mostrar o quão importante é o registro do professor em sala de aula.Realizar os planejamentos de estágio,com coerência e clareza de objetivos foi o primeiro desafio.Logo após,apresentar planejamentos bem estruturados,baseados nas observações registradas de forma escrita.Escrever as reflexões semanais,relatórios e agora,prestes a escrever o Trabalho de Conclusão de Curso,fica evidente a relevância do bom registro docente.Este processo é algo muito valioso e me acompanhará durante a minha caminhada pelas práticas da vida.

“Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não palavra morde a isca, alguma coisa se escreve. Uma vez que se pescou a entrelinha, podia-se com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é ler distraidamente.” Clarice Linspector 


      FREIRE, Madalena. A Paixão de conhecer o mundo; Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1983

                                   E AS APRENDIZAGENS? COMO NASCEM?


"A aprendizagem ocorre quando o sujeito constrói uma novidade para si a partir das relações que estabelece entre aquilo que já sabe e aquilo de novo que o meio físico e social oferece.O afeto é a energia que movimenta este processo"
                                                                                            Tânia Beatriz Marques



Turma do Maternal II na Rodinha de Novidades



Ao optar por ser um educador,cursando o Magistério e/ou graduação em Pedagogia,um professor sabe que terá pela frente um importante desafio,uma missão de suma importância permeada de estratégias,caminhos,reflexões e descobertas.De tudo o que temos dito,a suma é,sem duvida,a APRENDIZAGEM,como se dá?E qual a maneira de nós professores aprendermos e promovermos aprendizagens?
No ano de 2015,iniciando meus estudos da graduação na UFRGS,fui provocada a refletir sobre este tema,quando iniciamos a interdisciplina Psicologia I,com mestras maravilhosas em educação,profª Luciane Corte Real e profª Tânia Marques,que vieram nos  trazer a aprendizagem sob a luz da epistemologia genética de Jean Piaget,os estádios de desenvolvimento infantil e as importantes relações com o objeto e com o meio,que permitem ao educando construir estruturas significativas que geram suas aprendizagens.Autores como Lev Vigotsky,Henri Wallon e Sigmund Freud enriqueceram esta reflexão.


Como afirma Coutinho (1992), Piaget, assim como Wallon e Vygotsky, nos introduz a linha sócio-interacionista, que se apoia na ideia de que existe uma interação constante entre o sujeito e o meio e que esta interação é essencial para o desenvolvimento do indivíduo. Se considerarmos a escola como um dos meios com o qual a criança tem mais contato, esta se constitui como peça fundamental no desenvolvimento infantil

O interessante deste processo é que nós,alunas da graduação,já com ativa atuação docente,fomos convidadas a descrever o que é aprendizagem,que claro,sabíamos,mas precisavamos repensar,reconstruir e compreender teoricamente o processo que é instrumento de nosso trabalho docente diário. 

Construção de painel coletivo
Tive a oportunidade de participar de cursos de extensão e muitas palestras com respeito a aprendizagem.Pois esta é o fio condutor do trabalho docente.
O período de Estágio Curricular Obrigatório,foi o momento de revisitar conceitos,refletir as práticas pedagógicas e traças caminhos para realizar um planejamento baseado nos conceitos aprendidos na graduação,embasando e mediando os processos de aprendizagem,que estariam ocorrendo tanto pelas crianças,como a mim.professora-estagiária,que tinha como principal objetivo,fazer as relações teoria e prática necessárias aos processos pertencentes a este momento.
A observação doa alunos,em relação as habilidades e necessidades de aprendizagem,as propostas de trabalhos que deveriam ser desafiadores,onde as crianças pudessem interagir com o objeto de aprendizagem e o meio,as minha reflexões sobre a prática e o embasamento teórico construtivista e interacionista foram se construindo ao longo de minha caminhada docente e estudos na UFRGS, caminharam comigo durante o Estágio e seguem me construindo como profissional da Educação.

O professor, conforme Alarcão (2005), deve ser um prático e um teórico da sua prática. Nesse sentido, “a reflexão sobre o seu ensino é o primeiro passo para quebrar o ato de rotina, possibilitar a análise de opções múltiplas para cada situação e reforçar a sua autonomia face ao pensamento dominante de uma dada realidade” (ALARCÃO, p. 82-83).

A orientação de Estágio com as trocas de experiência,as orientações acadêmicos e o apoio pedagógico necessário,foram fundamentais para as minhas aprendizagens.A saber,minha orientadora foi a profª Luciane Corte Real.

Orientadora profª Luciane Corte Real

Enfim,a aprendizagem é um processo que está em movimento o tempo todo.As aprendizagens acontecem durante toda a vida do indivíduo e resulta de suas interações significativas com o meio,com os outros e com os objetos de aprendizagem.As aprendizagens não se acumulam,mas se renovam,sendo consrtuídas pelo sujeito,transformadas e assimiladas.O professor não transmite os conhecimentos,mas é o agente motivador,mediador e provocador das aprendizagens.Sendo sua postura,sua proposta de trabalho e suas concepções pedagógicas,essenciais para as aprendizagens de seus alunos.

O desenvolvimento é caracterizado por um processo de sucessivas equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue até a maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico; como este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio. (PIAGET, 1974, P.13) Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples registro de percepções e informações (empirismo): o conhecimento resulta das ações e interações do sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, por meio de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou do mundo cultural. O conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que conhece com objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p.75).

Hoje,após trilhar por muitos outros conhecimentos trazidos pela graduação,em conjunto com a prática docente diária,convergem para que eu compreenda de forma mais ampla,mas ainda não totalmente completa,o que realmente é e como se constroem os processos de aprendizagem.Mas,tenho em mente que esta busca,na prática,nos conceitos educacionais e na reflexão constante vai se realizando,o tempo todo e sempre.







REFERÊNCIAS
COUTINHO, Maria Tereza da Cunha. Psicologia da educação: um estudo dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem humanos, voltado para a educação. Belo Horizonte: Lê, 1992.
MOREIRA, Marco A. Teorias da Aprendizagem. São Paulo, EPU, 1999 
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2. e., Rio de Janeiro: Zahar, 1975.


domingo, 17 de fevereiro de 2019

                     MÚSICA,POESIA E LITERATURA



História Infantil:A Casa Sonolenta


Fábula:O Patinho Feio


O Sapo não Lava o Pé





O Curso de Graduação em Pedagogia PEAD,trouxe nos seus primeiros eixos,na interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e no Seminário Integrador III,uma importante reflexão com relação a cultura escrita na aprendizagem.As histórias infantis,os versos e as poesias,finte de imaginação e alegria,permitem a criança vivenciar a fantasia,aprimorar a linguagem e o seu desenvolvimento cognitivo de forma geral.Estas questões que novamente me levaram a refletir e reconstruir muito de minha atuação docente nas turmas de Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,vieram agora,neste precioso momento final de minha formação acadêmica,sustentar o planejamento interdisciplinar da turma de atuação de Estágio Curricular Obrigatório,apoiando o trabalho docente de forma eficaz e promovendo momentos de interação,ludicidade e aprendizagens para as crianças e para mim,no momento professora estagiária.

No projeto Maternal II Cantando e Contando, as crianças tiveram a oportunidade de participar de atividades de musicalização, contação de histórias e fábulas, cantigas de roda, dinâmicas de integração,  convivência e construção da identidade cultural. Este trabalho teve como objetivo aguçar a imaginação e criatividade das crianças, estimulando sua atenção, observação e o imaginário infantil, buscando em todos estes momentos a integração e socialização deste grupo, construindo valores e regras de convivência social.

Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.(BNCC,Brasil,2009)

A contação de histórias infantis com diferentes recursos,as rodas cantadas,os versinhos e poesias contribuiram ricamente pata o desenvolvimento cognitivo e motor destes sujeitos.Ressalto ainda,que por meio desta proposta de valorização e inserção da cultura escrita no cotidiano da Educação Infantil,percebi o aprimoramento da ludicidade que promoveu o desenvolvimento da linguagem e das relações interpessoais deste grupo.

Ruben Alves (1983, p. 104): (...) arte e brinquedo têm isto em comum, não são meios para fins mais importantes, mas puros horizontes utópicos em que se inspira toda a canseira do trabalho, suspiro da criatura oprimida que desejaria ser transformada em brinquedo e em beleza

É emergente que a literatura infantil,assim como os ícones culturais relevantes dentro deste cenário infantil estejam presentes no cotidiano das escolas e planejamentos docentes.Relato por vivenciar com os alunos ricos momentos de aprendizagens significativas.


Cantiga:Lá vem o Pato



Culinária:Batatinha quando Nasce



ALVES, Rubem. A escola fragmento do futuro. Fórum de Educação do Estado de São Paulo, 1983.


BRASIL. Ministério da Educação. CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 1999.







                ANTES, AGORA E SEMPRE: REFLETIR





"Professor,descobre o sentido da tua profissão e descobre-te a ti mesmo como professor para ajudares aos teus alunos a descobrirem a língua que aprende e a descobrirem-se a sí próprios como alunos"
"Acho que vais gostar da tua descoberta.Mas,se não gostares,tem a coragem de abandonar a tua profissão antes que ela se torne para ti um fardo demasiado difícil de suportar"

Izabel Alarcão  


Me lembro com clareza dos primeiros conhecimentos impactantes que o PEAD me trouxe,conhecimentos estes que vinham como provocações a um pensar que provocava mudanças de atitudes e de postura docente,em pleno curso profissional.Ainda nos primeiros eixos do Curso de Graduação em Pedagogia,a interdisciplina do Seminário Integrador nos ofereceu um novo olhar sobre a reflexão docente e sua relevância,através da obra de Izabel Alarcão.
A citação logo acima,me causou um impacto forte,pois a caminhada de alguns anos na docência,me faziam concordar fortemente com ela e,ainda,modificar o meu fazer docente no sentido de perceber que o professor tem a responsabilidade de refletir sua prática,de saber que,se escolheu atuar como professor deve estar ciente de seus desafios,e buscar sempre qualificar o seu trabalho,tendo em vista que a constaste reflexão sobre sua prática é o primeiro passo para qualificar sua atuação.

A docência exige comprometimento e essas dificuldades devem ser de estímulos para se exercer da forma mais plena possível a função docente, pois esta função implica envolvimento total e luta por justiça social que pode começar pela busca de melhores condições de trabalho, tentando minimizar esses problemas contidos numa profissão de relevância extrema ao desenvolvimento de qualquer país (CARDOSO, 2002, p. 4).

Agora,ao findar minha graduação,em momentos de intensa importância como o Estágio Curricular Obrigatório e a escrita do Trabalho de Conclusão de Curso,torna-se praticamente impossível não refletir a prática docente.
A elaboração do projeto de estágio e toda a atuação neste período,assim como os registros e relatos realizados sobre as aulas,aprendizagens e intervenções permitem que se reflita,vivenciando momentos de sucesso e enfrentando as dificuldades que surgem,exatamente pelas reflexões realizadas sobre a atuação em conjunto ou comparação com os referenciais teóricos e conhecimentos trazidos pelo curso.
Os encontros,conversas e orientações da professora orientadora de estágio permitem momentos ricos de reflexão docente e trocas de experiências significativas e enriquecedoras a prática desenvolvida.

“Uma prática reflexiva leva à (re)construção de saberes, atenua a separação entre teoria e prática e assenta na construção de uma circularidade em que a teoria ilumina a prática e a prática questiona a teoria” (ALARCÃO, 2005, p. 99).

o professor reflexivo está sempre reconhecendo os pontos de sua atuação ou planejamento que precisam ser melhorados e reconhece quando suas intervenções alcançaram os objetivos de uma prática docente de qualidade,que não permite a rotina,mas busca as novidades.
O professor não deve se conformar com as dificuldades do cotidiano escolar,mas deve combater a estas,refletindo como pode qualificar-se e buscar estratégias de aprimoramento de seu trabalho.Um trabalho reflexivo,aberto ao diálogo e a mudança necessária,permite a formação de alunos críticos e reflexivos.

Alarcão (2005) conceitua o professor reflexivo, descrevendo-o como um profissional que necessita saber quem é e as razões pelas quais atua, conscientizando-se do lugar que ocupa na sociedade. A autora acrescenta ainda que “os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos educandos” (ALARCÃO, 2005, p. 177).

Freire já trazia esta ideia de reflexão docente,já pensando nas necessidades do aluno de hoje e a Educação em geral,pois sabia que o professor não devia agir de forma engessada,mas refletir,repensar e refazer suas práticas docentes.

A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. [...] O que se precisa é possibilitar, que, voltando-se sobre si mesma, através da reflexão sobre a prática, a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, se vá tornando crítica. [...] A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer (FREIRE, 1996 p. 38).

Levar os alunos a refletirem suas relações e produções escolares também foi uma experiência vivenciada neste período. Fica evidente que para as crianças,também a reflexão tem um papel de grande valia na formação de valores e socialização escolar das crianças.
No período de estágio e na minha atuação docente,a reflexão acontece de forma constante,sempre na busca pelo fazer melhor, resolver tal situação ou buscar o embasamento teórico necessário ao apoio das práticas e intervenções no cotidiano escolar.
Posso considerar o pensamento de Alarcão com respeito ao professor reflexivo como um relevante conhecimento,que me permitiu reconstruções relevantes na caminhada docente e na minha formação acadêmica.



ALARCÃO, Isabel (Coord.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 2005.

 ______. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2007. 

CARDOSO, Celso Aparecido. Formação crítico-reflexiva: a relação teoria e prática. Integração: ensino, pesquisa, extensão, ano VIII, nº 30, agosto de 2012.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

REFLETINDO SOBRE PÁSSAROS ENGAIOLADOS E PÁSSAROS LIVRES






"Há escolas que são gaiolas.Há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo.Pássaros engaiolados são pássaros sob controle.Engaiolados,seu dono pode levá-los para onde quiser.Pássaros engaiolados tem sempre um dono.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados.O que elas amam são pássaros em voo.Existem para dar aos pássaros coragem para voar.Ensinar o voo,isso elas não podem fazer,porque o voo já nasce dentro dos pássaros.O voo não pode ser ensinado.Só pode ser encorajado."
RUBEM ALVES 



Rubem Alves ao trazer este cenário das gaiolas e das asas,provoca uma reflexão relevante e profunda sobre como concebemos a aprendizagem ,e como a conduzimos em nossas turmas ,dentro de nossas Escolas.
Na interdisciplina de Seminário Integrador IV,ao ler,refletir e manifestar meu pensamento em relação a esta obra, deste autor extraordinário,fiquei em primeiro momento impactada e constrangida em repensar a minha prática pedagógica,na época,nas turmas de anos iniciais do ensino fundamental.
Hoje,ao final da graduação,com ainda um pouco mais de caminhada no cenário escolar e atuando nas turmas de Educação Infantil,a ideia das gaiolas e das asas voltam ainda com maior força.
As escolas que são gaiolas,facilmente identificadas pelo seu método ou pensamento em relação ao ensino,são marcadas pela ação de decorar,copiar, reproduzir informações e atitudes,pensar de maneira a qual é incentivado a pensar,diferente das escolas que são asas,aquelas que trazem o conhecimento,e a partir dele permitem que o aluno elabore a  sua opinião,que ele possa a partir das informações,conceitos e relações com o meio e objetos de aprendizagem construir seus conhecimentos.
Na Educação Infantil ainda é mais extrema a atitude do "engaiolamento" ou do "encorajamento ao voo" dos "pássaros".As crianças das turmas de Educação Infantil passam muito mais tempo na Escola e suas atividades,vai além do "pedagógico" da questão.Elas se alimentam na Escola,fazem sua higiene,repouso,momentos de pátio e rodas de conversa.As crianças menores precisam explorar e expressar com seu corpo o espaço escolar e serem desafiadas em seu desenvolvimento inicial,sua linguagem e autonomia.

"O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que 

 quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento

 do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era a

 “ferramenta” e “brinquedo” do corpo. Nisso se resume o programa educacional do

 corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. “Ferramentas” são conhecimentos

 que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas

 aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria

 à alma"

Neste caso,as "escolinhas" com suas salinhas pequenas,cadeirinhas,horários rigorosamente monitorados,turmas compostas por faia etária onde todos são tratados iguais e definidos por rótulos como "usa fralda-não usa fralda" ou "chupa bico-não chupa bico" são as gaiolas de Rubem Alves está falando,sem contar os 'trabalhinhos" de pintar com o giz de cera(me refiro aos que são fora de um contexto pedagógico).Não é uma crítica,pois já fiz parte deste cenário.
Se trata de uma reflexão sobre como estamos pensando o desenvolvimento de nossas crianças,de como são motivadas a explorar e expressar seus pensamentos,de como oferecemos temas de sentido e significado e de como somos motivadores de suas autonomia.Dar asas,encorajar o voo.
Estagiar nas turmas de educação infantil me trouxe alguns esforços importantes.
Como professora dos anos iniciais,que sempre buscou dar asas e encorajar o voo,a rotina agitada,os brinquedos espalhados e as atividades cheias de bagunça e sujeira da educação infantil me deixavam muito nervosa,parecia que o barulho das crianças representasse falta de domínio docente e que a bagunça que acontecia na sala era falta de controle do professor.Com as muitas reflexões,embasamento teórico relevante e,principalmente a parceria da supervisão de estágio e experiência de muitos docentes da área,consegui reconstruir meu pensamento em relação a isso,compreendendo que a aprendizagem para ser construído requer movimento,mudança.barulho e muitas vezes,se tratando de pequenos alunos,certa bagunça.
Retirei as gaiolas do meu fazer docente,compreendendo como e onde os limites e as combinações entram e onde é preciso permitir o movimento em sala de aula.
Com certeza,eu opto por escolas asas,e que devemos mais do que nunca,banir as gaiolas da educação que reprimi e promove a limitação das aprendizagens e dos pensamentos infantis.   




Representar o corpo no tamanho natural






Aula de culinária(manusear,criar,comer)


    
Atividade de pintura com os pés em espaço livre











Conceber a aprendizagem dentro de uma pedagogia relacional,construtivista,baseada no interacionismo,requer do educador uma busca permanente de pela inovação,por conhecimentos teóricos conceituais,experimentação,criticidade e uma postura mediadora e motivadora das aprendizagens,e isto é um pensamento,não um projeto ou atividade em sí. Mas ousar diversificar o espaço,os materiais, as propostas e as interações é um passo importante dentro deste processo.  


ALVESRubem. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1984. 108p. 6. Gaiolas ou Asas? (p. 29).


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

          Repensando a Postura e as Responsabilidades Docentes


O Estágio Curricular Obrigatório,embora não fosse minha primeira experiência docente,mas um momento de reconstrução e consolidação de um importante período de aprendizagens,exigiu de mim uma parada a reflexão,uma certa retomada da minha caminhada de trabalho.Mesmo exercendo a docência já algum tempo,no momento em que eu precisaria relacionar fortemente minha prática com os conhecimentos adquiridos,tendo em vista que eu teria uma supervisão de professores da Universidade para me apoiar,e inevitavelmente me avaliar,me senti motivada a refletir não só o meu trabalho,mas minha identidade,ou seja,minha postura profissional.




  



Sem dúvida,uma obra intensamente discutida e refletida durante o Curso de Pedagogia e que modificou e me fez repensar atitudes e intervenções do meu fazer docente, Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire,foi uma visita inevitável para apoiar este momento relevante.No quaro eixo do curso,me dediquei não só a refletir,mas registrar neste portfólio as ideias de Freire com relação a postura docente,as práticas que moldam e denunciam os objetivos que um professor deseja alcançar em seu trabalho  de educar. 

No momento de Estágio,cabe ressaltar que o professor-aluno precisa ter claro suas responsabilidades docentes,sabendo reconhecer os importantes sujeitos deste processo,levando-os em conta durante todo o planejamento e decorrer do trabalho desenvolvido.É preciso saber,que o objetivo do estágio é a prática pedagógica embasada nos teóricos da Educação,onde o professor-aluno consolidará suas aprendizagens.Os alunos são sujeitos importantes deste processo e devem ser respeitados como o centro de todo o trabalho docente,pois não são "cobaias" de uma prática,mas protagonistas.Assim como a instituição de ensino concedente de estágio,que deve comprometer-se na parceria deste trabalho,mas também colher frutos.E,principalmente,a supervisão de estágio,a Universidade,que presente e responsável por este momento,deve também ter alcançados os objetivos planejados.Sendo assim,os sujeitos do período de estágio são muitos,mas o professor-aluno,com sua prática,é o ápice deste evento."Ensinar exige estética e ética".

Nesta importante obra,Paulo Freire,caracteriza de forma clara,a postura docente e como se deve dar a prática pedagógica.Ele começa,como que,já motivando a nós professores-alunos,quando diz que "Não há docência,sem discência",ou seja temos que buscar aprender,refletir,embasar as intervenções em referenciais teóricos consistentes,tendo a ideia que não sabemos tudo."Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender",Trazendo ainda,que é preciso ao professor ter a ideia do inacabamento.

Entre o saber feito de pura experiência e o resultante dos procedimentos metodicamente rigorosos, não há uma ruptura, mas uma superação que se dá na medida em que a curiosidade ingênua, associada ao saber do senso comum, vai sendo substituída pela curiosidade crítica ou epistemológica que se rigoriza metodicamente.

"Ensinar não é transferir conhecimentos,mas criar possibilidades ao aluno,para sua própria construção"(FREIRE,1996),é a máxima que motivou esta minha caminhada neste importante período de trabalho.A o pensar nas aprendizagens da educação infantil,nas propostas de atividade que possibilitavam a reflexão e a construção e em todo o projeto de trabalho em si,era o ponto que me garantia que estava no caminho certo.

O processo de planejar,aplicar e refletir sobre o trabalho e as intervenções realizadas,permite ao professor se reconstruir,percebendo os avanços e as atitudes que podem ser aperfeiçoadas em relação a mediação das construções cognitivas realizadas em sala de aula.Esse é um importante ponto do período de estágio,assim como o registro de todas essas situações de aprendizagem ou situações problema,que produzem busca teórica e reflexão,reconstruindo o fazer docente."Educar exige reflexão crítica sobre a prática".

A pesquisa,a esperança,comprometimento,curiosidade,respeito aos saberes do educando e tantos outros pontos trazidos por Freire nesta ocasião,me foram de extrema valia no embasamento das reflexões e fazer docente durante o período de estágio curricular e em toda a minha formação profissional.





  FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.